sexta-feira, 8 de abril de 2011

Pedágio por km rodado nas estradas de SP


            O governo paulista exigirá das concessionárias de rodovias que modernizem o sistema automático de pagamento de pedágios para permitir a cobrança por km rodado, por faixa de horário ou pelo peso do veículo. A iniciativa está em resolução assinada pelo secretário de Estado de Logística e Transportes, Saulo de Castro Abreu Filho, que cria uma comissão para definir, em 90 dias, os formatos das tecnologias.

            Na resolução, Abreu diz que, entre as premissas, estão “garantir aos usuários o menor custo de utilização possível” e “reduzir os custos de operação e manutenção das concessionárias”, além de permitir melhor controle do Estado sobre o sistema. Hoje, há apenas o serviço Sem Parar, que tem aplicação limitada: só permite ao usuário não parar na cabine e não portar dinheiro.

            Para se efetivar a cobrança por trecho percorrido, há, dependendo do modelo, a necessidade de se implantar dispositivos como chip em veículos, pontos de leitura do cartão em trechos da via ou controle de entrada e saída. No Chile, por exemplo, há pórticos ao longo da via que leem o chip do veículo e mapeiam o seu trajeto. Na França, o sistema é o controle de entrada e saída do usuário.

            A Folha apurou que as novas concessões de rodovias já não terão cabines de pedágio -as atuais devem acabar. Em nota, a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias diz ser “compreensível que, após 11 anos, o governo queira atualizar o sistema, levando em consideração avanços tecnológicos.” Para especialistas, a medida está atrasada, mas sua implantação é positiva.

            “O pedágio não pode ser um gargalo no tráfego. A cobrança manual é um modelo que já tem mais de 40 anos”, diz Luiz Célio Bottura, ex-presidente da Dersa entre 1984 e 1987. “De cinco anos para cá, a gente já devia estar mergulhando nesse formato de cobrança”, diz Adriano Murgel Branco, ex-secretário dos Transportes.

Fonte: Frota&Cia / Folha de SP

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