Olimpíadas + Copa do Mundo

Notícia: 25/03/2011
Ministro defende regras menos rigorosas para licitações da Copa e das Olímpiadas

            O ministro do Esporte, Orlando Silva defendeu no Senado Federal a adoção de regras menos rígidas para as licitações de obras e serviços voltadas à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016. Projeto de lei que define regras mais flexíveis do que as previstas na Lei de Licitações foi aprovada em 22/3 pela Câmara dos Deputados e seguirá para o Senado.

            Orlando Silva explicou que a urgência das obras justifica a adoção de normas mais ágeis para contratação de obras e serviços voltados à Copa e às Olimpíadas.

            A previsão dele é que, ainda este ano, 70% das obras previstas para a Copa do Mundo sejam iniciadas. E garantiu que esses investimentos não serão afetados pelo corte no Orçamento da União, determinado pela presidenta Dilma Rousseff.

            Das 12 cidades que vão sediar jogos da Copa do Mundo, em 2014, apenas duas, Natal e São Paulo, não iniciaram as obras de construção ou reforma dos estádios. Natal, segundo o ministro, já contratou as obras do futuro Estádio das Dunas. Já São Paulo aposta na construção do estádio do Corinthians, no bairro de Itaquera, cujas obras vão contar com dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e de um fundo imobiliário.

            Orlando Silva afirmou que a capital paulistana tem todas as condições de receber o jogo de abertura da Copa, pois conta com 40 mil leitos de hospedagens e é servida por aeroportos em condição de receber o fluxo de passageiros esperado. O ministro afirmou que as medidas que o governo está tomando no setor aéreo deverão garantir a melhoria das condições dos aeroportos. E pediu aos governadores que priorizem as obras de mobilidade urbana, ampliando e modernizando os sistemas de transporte público.


Notícia: 16/03/2011
Dilma diz que copa vai gatar R$ 33 bi
 Os investimentos chegarão a R$33 bilhões, com 68% de participação do governo federal



            As obras de infraestrutura da Copa do Mundo de 2014 vão consumir cerca de R$33 bilhões, segundo estimativa da presidente Dilma Rousseff. O governo federal, disse a presidente, vai entrar com 68% do dinheiro para modernização e construção de aeroportos e portos, além de melhorias no transporte urbano, na segurança e na saúde. A presidente disse ainda que o governo estima que serão criados 330 mil novos empregos diretos e 400 mil temporários. O Palácio do Planalto espera que pelo menos 600 mil turistas venham para o Brasil em 2014. Para ela, “o evento tornará o Brasil uma vitrine internacional”.

            “Os investimentos chegarão a R$33 bilhões, com 68% de participação do governo federal. São recursos destinados à modernização e construção de aeroportos, portos, melhorias no transporte urbano, na segurança e na saúde. O legado da Copa estará presente no cotidiano dos brasileiros”, afirmou Dilma na coluna semanal “Conversa com a presidenta”.

            A coluna é publicada às terças-feiras em jornais brasileiros, com respostas a três perguntas enviadas ao Palácio do Planalto por veículos cadastrados. “A Copa não é apenas despesa, vai contribuir para o nosso projeto de desenvolvimento”, disse ela.

Notícia: 21/02/2011
Onde estamos atrasados para Olimpíadas de 2016.


             O velho brasil que deixa as coisas para a última hora — e paga mais caro por isso — ameaça os dois grandes eventos que o país se propõe a organizar nos próximos anos: a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos Rio 2016. No que diz respeito à Copa, a falta de gestão já mostra como resultado um atraso médio de dois anos nas obras e uma explosão de custos nos projetos de estádios. No caso da Olimpíada, a possível nomeação do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, para o comando do órgão responsável é uma boa notícia — mas chega atrasada quase um ano.

            A convite da presidente Dilma Rousseff, Meirelles foi escalado para dirigir a Autoridade Pública Olímpica (APO), uma instituição a ser criada na virada de fevereiro pelo Congresso por exigência do Comitê Olímpico Internacional. Se confirmado no cargo, Meirelles, que, após ter deixado o BC, cumpre uma quarentena até o final de abril, coordenará as ações do governo federal com as do estado e as da cidade do Rio de Janeiro — o governo estuda formas de fazer com que ele assuma o novo posto antes. A missão da APO é garantir eficiência na entrega de toda a infraestrutura necessária aos Jogos Olímpicos.

            Trocando em miúdos, aos 66 anos, Meirelles, engenheiro civil de formação, foi escalado para zelar pela execução do orçamento de 30 bilhões de reais a ser investido em várias frentes: construção das arenas e da Vila Olímpica, projetos de mobilidade urbana e até o treinamento da mão de obra que trabalhará no evento. “A Olimpíada é uma oportunidade de ouro para o país e não pode ser comprometida pelos atrasos e pelo descontrole de custos que marcaram os Jogos Panamericanos de 2007”, diz Paulo Simão, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção.

            Meirelles já começará lutando contra o tempo. Numa comparação com o cronograma seguido por Londres, cidade que realizará os Jogos de 2012, o evento do Rio de Janeiro acumulou até agora dez meses de defasagem quanto à criação da Autoridade Olímpica. Os londrinos criaram seu órgão gestor, o ODA, sigla de Olimpic Delivery Authority, oito meses após a escolha da cidade para sediar os Jogos. O órgão é importante por deter plenos poderes para executar a missão, eliminando assim a tradicional ingerência política quando o assunto é gastar dinheiro público.

            No Rio, 18 meses foram decorridos e ainda não foi criada a estrutura gestora. De acordo com especialistas na monta­gem de eventos de grande porte, Meirelles precisa começar logo, porque 2011 é um ano crítico. Até dezem­bro, a Autoridade Pública Olímpica terá de concluir todos os projetos e realizar as licitações necessárias. Apesar do atraso na criação da APO, algumas coisas começam a andar. No momento, o Comitê Rio 2016, uma organização pri­vada sem fins lucrativos criada para gerir as operações em nível local, trabalha em conjunto com a construtora Carvalho Hosken, ganhadora da licitação para a edificação da Vila Olímpica, no detalhamento dos projetos apresentados ao COI.

            Esp construtora prevê começar em abril a preparação do terreno pantanoso na Barra da Tijuca que abrigará a Vila Olímpica. O governo fluminense iniciou as obras da linha 4 do metrô carioca. Com seis estações, ligará Ipanema à Barra e está prevista para ser entregue em dezembro de 2015. Garantir que os prazos — e o orçamento — dessas e de outras obras sejam cumpridos será parte da missão do ex-presidente do BC.

            Meirelles tem evitado a imprensa, mas assessores do Planalto dizem que ele já aceitou o cargo motivado pelo desafio de colocar de pé um evento de importância ímpar. A esperança é de um ganho de imagem semelhante ao ocorrido com a China ao fazer os Jogos de 2008. Mas, em termos de gestão, o melhor exemplo a ser seguido é mesmo o de Londres, que está na fase final de construção das instalações da Olimpía­da de 2012. Lá, graças à ODA, o cronograma de todas as obras e ações — coisa que ainda inexiste no Rio — foi dividido em seis fases: planejamento, escavação e demolição, construção, testes, realização dos jogos e, finalmente, a fase de legado, em que parte das arenas será reduzida, e a Vila Olímpica, reconfigurada para servir à população londrina.

            Até agora, com exceção do atraso de um ano na linha do metrô que ligará o centro de Londres à Vila Olímpica, na zona leste da cidade, o cronograma está em dia — e, igualmente importante, o orçamento de 15 bilhões de dólares continua em vigor. Em sua missão de entregar os Jogos de 2016, Meirelles enfrentará lobbies e interesses políticos. Até o momento, sua nomeação enfrenta resistências do prefeito carioca, Eduardo Paes, e do ministro do Esporte, Orlando Silva.

            Felizmente, em conversas reservadas, Dilma tem dito que a autoridade e a independência da APO são inegociáveis. Para transformar-se em realidade, a APO também precisa ser aprovada pelos legislativos do estado e da cidade do Rio de Janeiro, onde a tramitação é lenta. Para o bem dos Jogos Olímpicos de 2016, espera-se que Dilma convença o Rio a se mexer o quanto antes — e evite, assim, repetir o fiasco que vem se mostrando a condução da Copa de 2014.
Fonte: Exame

Notícia: 11/02/2011


DNIT prevê conclusão das obras do Rodoanel de Cuiabá até a Copa de 2014

           
                O diretor geral do DNIT, Luiz Antonio Pagot, assegurou na sexta-feira (11/02) que a auditoria em andamento nas obras do Rodoanel de Cuiabá não deverá atrasar a conclusão do empreendimento até a Copa de 2014. “Acredito que Cuiabá, como cidade-sede dos jogos, não será prejudicada. Ainda temos tempo para reagir”, afirmou. O diretor geral informou ainda que o relatório da Prefeitura, encaminhado à sede do DNIT na véspera, encontra-se sob avaliação dos auditores da Diretoria de Administração e Finanças. Em cerca de duas semanas o laudo preliminar dos auditores deverá ser concluído.

            “Se for constatado que não há contrapartida de serviços, a Prefeitura terá que devolver os recursos aos cofres da União”, adiantou Pagot. Entre as incongruências apontadas no relatório estão antecipações de recursos não previstos no convênio e serviços planilhados que não foram executados.

            O diretor geral explicou que o DNIT havia firmado um convênio com a Prefeitura de Cuiabá para a execução das obras do Rodoanel. Coube à Prefeitura licitar a obra e contratar a empresa para executá-la. Como o convênio encerrou-se em outubro e não houve interesse da Prefeitura em renová-lo, esta tinha um prazo de 60 dias para prestação de contas. “A prestação de contas de dezembro foi recusada pela Superintendência do DNIT em Mato Grosso porque havia incongruências.

            A Prefeitura constatou que havia irregularidades e informou que abriria sindicância. O relatório nos foi encaminhado nesta quinta-feira”, disse. Segundo Pagot, os auditores do DNIT farão a análise financeira e de implantação executiva da obra. “Ainda é cedo para avaliar o montante do prejuízo. É necessário consolidar a análise do relatório encaminhado pela Prefeitura, mas tudo indica que teremos uma Tomada de Contas Especial”, observou.



Notícia: 09/02/2011
Kassab dá ao PCdoB pasta especial da Copa
Mesmo sem decidir se muda ou não de partido, prefeito já se aproxima de legendas que apoiam Dilma de olho em composições para 2012 e 2014.


            O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), vai entregar ao PCdoB, aliado histórico do PT, a tarefa de organizar a Copa de 2014 na capital. No mesmo movimento, Kassab vai abrir espaço para acomodar mais duas legendas - PR e PDT -, ampliando não só sua base de governo como agregando possíveis aliados para as eleições de 2012 e 2014.
            Até o fim de fevereiro, Kassab vai criar uma nova pasta, a Secretaria Especial da Copa, que será responsável por coordenar os projetos para a construção de um estádio em Itaquera, na zona leste, e de um centro de mídia para o Mundial. Na noite de terça-feira, o Diretório Municipal do PC do B aprovou a aliança com o prefeito. A decisão precisa do aval do Diretório Nacional, mas tanto Kassab quanto membros do partido em São Paulo dão o acordo como certo. "Eles (PC do B) têm quadros muito capacitados para assumir essa função. Ela (secretaria) vai concentrar tudo", disse o prefeito.
            Na semana passada, Kassab havia convidado o partido a indicar um nome para a nova pasta, que terá sob sua responsabilidade cerca de R$ 1 bilhão em 2012. A mais cotada é Nádia Campeão, ex-secretária de Esportes na gestão Marta Suplicy (2001-2004)..
    
        Além de contemplar o novo aliado, Kassab avalia que ter o PC do B na Prefeitura facilitará a liberação de verba federal para projetos da Copa, já que o partido manteve o Ministério dos Esportes no governo Dilma Rousseff. "A Copa tem de ser uma confluência de esforços", disse o vereador Jamil Murad (PC do B).
       

Notícia: 08/02/2011

Henrique Meirelles é indicado para Autoridade Pública Olímpica (APO)

              A indicação do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para comandar a Autoridade Pública Olímpica (APO) surpreendeu a cúpula do PCdoB, partido do ministro do Esporte, Orlando Silva. Dirigentes da legenda, que esperava poder escolher um nome para o cargo, souberam da notícia através da imprensa e até agora não foram comunicados oficialmente sobre a suposta decisão da presidente Dilma Rousseff. Mesmo contrariados com a decisão, o partido ainda negocia cargos no segundo escalão do governo federal e, por essa razão, prefere não questionar a indicação do ex-presidente do BC.

            "Não quero precipitar nada, estamos ainda em negociação com o governo para o segundo escalão", afirmou Renato Rabelo, presidente do partido. Rabelo admitiu que a perda de poder da legenda no ministério gerou um descontentamento entre os comunistas, mas ressaltou que o partido ainda pode ampliar sua participação no governo Dilma. "Perdeu um espaço, mas pode ganhar outro", sintetizou.

            O dirigente disse que a presidente se reuniu com o ministro Orlando Silva na sexta-feira, 28, quando discutiram projetos da APO, mas em nenhum momento o nome de Meirelles foi mencionado. Assim como o ministro, Rabelo soube da notícia através de jornais e blogs. Até agora, o Planalto não desmentiu ou negou a indicação.

            Nos bastidores do partido, o nome de Meirelles incomoda porque, além de não ter passado pelo crivo do ministro do Esporte ou do partido, os comunistas nunca aprovaram sua gestão à frente do BC. Além disso, o partido se sente desprestigiado por ter a APO separada da sua pasta. "A APO ficaria na esfera de quem cuida da política de esporte do País. A expectativa era de que ficasse no âmbito do Ministério do Esporte", reclamou um dirigente da sigla.

            Caso o nome de Meirelles seja confirmado pela presidente, o partido não deverá oferecer resistência. "Não é nosso papel inviabilizar a nomeação do Meirelles. Temos a capacidade de conviver institucionalmente com qualquer gestor público, afinal temos uma Olimpíada para fazer", afirmou o secretário nacional de Comunicação do PCdoB, José Reinaldo Carvalho.

            O deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), que também viu "essa notícia pela imprensa", apoiou a posição do secretário do partido. "Vamos saber compreender a presença do Henrique Meirelles. É uma decisão presidencial e isso tem de ser respeitado", resignou-se. Protógenes destacou que é preciso se acostumar com o estilo reservado da presidente no trato com os aliados, diferente do estilo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Esse é o perfil da Dilma. Nenhum governo é igual ao outro", afirmou. Para o deputado recém-empossado, Meirelles é reconhecido por sua capacidade de administrar grandes recursos e um nome internacionalmente conhecido, o que pode ajudar na preparação da Olimpíada.