quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Limeira em SP dá mal exemplo em sinalização viária

Faixa de pedestre e de divisão de pista desaparecem das vias municipais de Limeira-SP
Por: Érica Samara da Silva (Gazeta de Limeira)

                   Rua de Limeira-SP

            Após dois meses da denúncia da falta de sinalização em vias de Limeira que já se tornaram palcos de acidentes e até morte, o problema se repete agora até em viaduto, marginal, rotatórias e anel viário.

            O viaduto Francisco D’ Andrea, que dá acesso à Avenida Laranjeiras, tem problemas de sinalização de trânsito em dois extremos. No Centro, as faixas que dividem a pista no mesmo sentido estão apagadas. Na junção com a avenida, além da falta de sinal de “Pare’’ no solo para o condutor que entra ou sai do viaduto sentido Vila Queiroz, Boa Vista ou avenida, não há faixa de pedestre. “Com faixa o motorista desrespeita, imagina sem”, comentou Genésio Coelho, 55 anos. Ontem, por volta das 11h, ele driblava os carros, apressado para ir almoçar rápido e não perder o início do expediente da tarde.


            No mesmo local, uma placa de trânsito de localização estava destruída. “Deveriam pensar mais na nossa segurança. Criticam tanto os motociclistas, mas nem sequer sinalizam as ruas”, afirmou Bruna Lemes, auxiliar administrativa. A reportagem presenciou uma motocicleta derrapando na areia que ainda estava no local, mesmo depois da chuva de semana passada, além de buzinadas e xingamentos devido à falta de sinalização.

                                             Prefeito de Limeira - Silvio Félix da Silva

BOA VISTA

            Para o motorista que segue pela movimentada Avenida Souza Queiróz, no trecho da Boa Vista, a confusão é diária no acesso à Rua Mário Souza Queiroz. Quem para o veículo para atravessar com segurança corre o risco de colisão traseira. O fluxo chega a ficar parado, principalmente em horário de pico”. Não tem placa que autoriza o acesso, nem que proíbe. Também não tem fiscalização”, observa o motorista Aparecido Manoel Pinto.
            Poucos metros à frente, no quarteirão da Escola Estadual Leovegildo Chagas Santos, a pintura de solo que indica a escola está apagada.


EUGÊNIO LUCATO

            Na via Antonio Eugênio Lucato, conhecida como Marginal Tatu, há trechos em que a pista dupla, com apenas uma faixa em cada sentido, não tem mais divisão de mão. Não é raro, mesmo durante o dia, um condutor invadir a faixa do outro. O problema ocorre no início da via e se repete na altura de bairros como Jardim São Pedro.
           O descaso com o motorista não poupa sequer o trecho de segurança à frente da sede da Secretaria Municipal de Segurança Pública. Quem entra no local precisa frear bruscamente, correr o risco de uma colisão traseira, esperar, por instinto (porque o sinal de ‘’Pare’’ está apagado) e atravessar a mão contrária, sem sinalização também, para adentrar o prédio.

SANTA EULÁLIA

            Os bairros não são excluídos do problema. O cruzamento das ruas Antônio Grassi Filho e Paulo Sérgio Catapani, no Jardim Santa Eulália, oferece perigo permanente devido à falta de sinal de “Pare” no solo. No local há mão dupla, igreja e tráfego de várias linhas do transporte coletivo.

RODOVIÁRIA

            Na região da rodoviária, há vários pontos sem sinalização. Um deles é na Rua Barão Campinas, sem pintura de “Pare’’ no solo. Além do risco de acidentes, há confusão no entorno do local, marcado pelo tráfego de ônibus e pelos acessos ao Centro, Rua Capitão Bernardes e Viaduto Jânio Quadros.


ANEL VIÁRIO

            No Anel Viário, além de trechos já mostrados em novembro, próximo à rotatória da “Taba do Brasil”, que serve de acesso à Rodovia Anhangüera e outros bairros da cidade, o sinal de “Pare’’ está apagado para o condutor que vem do Cecap sentido Jardim Novo Horizonte e rodovia.
            Em setembro do ano passado, o jovem Jhonhy Rodrigo Martins Lobo perdeu a vida aos 20 anos, na Via Francisco D’Andréa. O motociclista teve a frente interceptada por um caminhão quando vinha do Jardim Santo André rumo ao Jardim Anavec. O trecho tinha sinalização precária. O contrato anual entre a Prefeitura e a empresa que executa a sinalização é de R$ 4,649 milhões. O artigo 88 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que nenhuma via pavimentada pode ser entregue após sua construção ou reaberta depois de obras de manutenção, enquanto não estiver devidamente sinalizada. A legislação estabelece sinalização vertical e horizontal como garantia das condições de segurança adequadas de circulação.
            A Secretaria Municipal dos Transportes informou que há um cronograma de serviços de repintura de sinalização do solo, mas a chuva prejudicou as atividades. A pasta alegou que todos os pontos citados têm sinalização vertical.
Fonte: Gazeta de Limeira
http://new.gazetadelimeira.com.br/Noticia.asp?ID=45856



                                               Rua de Limeira-SP

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