terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Falta de Sinalização e iluminação deixa RN-066 em condições precárias e oferece riscos

           A interdição de parte da BR-101 colocou a  população que trafega diariamente entre Natal e Parnamirim frente a um impasse. Não são novidades os problemas pelos quais aquele trecho já passa normalmente, com engarrafamentos diários nos horários de pico. Com apenas metade da sua capacidade, utilizar a rodovia federal virou um exercício de paciência. Ao mesmo tempo, um dos poucos caminhos alternativos existentes – a RN 066 ligando a avenida Maria Lacerda até à estrada de Pium, em Parnamirim – não tem estrutura para atender ao novo fluxo.

            A reportagem do jornal Tribuna do Norte percorreu os oito quilômetros que levam a rodovia à avenida Maria Lacerda. Duplicação da pista incompleta, ausência de paradas de ônibus, buracos em vários pontos, montes de terra dificultando o tráfego. Esses são alguns dos obstáculos enfrentados pelos motoristas diariamente desde a interdição da BR-101 por conta da forte temporada de chuvas. O movimento na estrada que liga a Maria Lacerda a Pium, segundo moradores e comerciantes, está bem acima do normal, o que inclui engarrafamentos na ida e volta ao trabalho.

            Percebe-se que a duplicação daquela RN  não foi concluída, não chegando nem a 50% da extensão prevista. Em pelo menos três pontos, os motoristas precisam enfrentar buraqueira e montes de areia espalhados pelo asfalto. A situação fica mais complicada nas proximidades da avenida Maria Lacerda, logo após a ponte que passa sobre o rio Pitimbu. Pouco antes, na área do conjunto da Coophab, um prédio público sofre com  dificuldades semelhantes: a nova sede da Emparn não possui acesso asfaltado.

            A reportagem constatou a ausência de sinalização horizontal, uma sinalização vertical precária e uma ponte com condições duvidosas de tráfego. De acordo com Roberto Pereira, morador dos arredores, a buraqueira sempre foi uma constante naquela área. “Por aqui sempre foi desse jeito. A imprensa chega, faz matéria, denuncia, mas ninguém vem resolver o problema”, lamenta.

            Quem também reclama é o militar Roberto Saraiva, de 66 anos. Morador da região há cinco anos, ele vê a obra de duplicação da rodovia se arrastar. “Faz muito tempo, quando cheguei aqui a obra já estava parada. E com esse transtorno da BR-101, os problemas aqui se agravaram”, afirmou.

            Apesar de agravados, as autoridades vêm buscando soluções, mesmo que temporárias, para os problemas. Os buracos vistos na rotatória próximo aos condomínios residenciais foram tapados e o trabalho da Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRE) foi intensificado. Segundo o capitão João Bosco, os horários de pico recebem atenção especial do CPRE. “O fluxo aumentou e nós também aumentamos a atenção dirigida àquela área. Estamos buscando orientar o motorista da melhor forma para evitar maiores transtornos”, ressaltou.

            O trabalho do CPRE é reconhecido. O militar Roberto afirmou que o fluxo já é melhor de segunda-feira para cá, justamente devido a uma melhor orientação.

            Procurado pela TN para comentar e apontar soluções para os problemas de infraestrutura vistos, o diretor geral do DER do RN, Demétrio Torres, alegou compromissos na agenda e pediu para ser procurado na semana que vem.

Verba para recuperação da estrada já está garantida

           
A verba de R$ 1,19 milhão para a conclusão da duplicação e revitalização da rodovia RN-066 já está garantida e veio do tesouro estadual, representando uma contrapartida ao Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur).

            Paralisadas há sete anos, a obra de duplicação seria um fomento ao turismo, uma vez que a pista liga a BR-101 a praias do litoral sul de Natal e Parnamirim.
           
            A obra havia sido embargada pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio ambiente (Idema) por falta de licenciamento ambiental. A preocupação do órgão recaía sobre os estragos que seriam causados ao rio Pitimbu.
            Hoje, com o problema do licenciamento sanado, apenas 3,5 dos mais de oito quilômetros estão duplicados. A iluminação precária, a falta de acostamento e a ausência de sinalização horizontal põe as vidas que passam por ali em risco.
Fonte: Tribuna do Norte

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