quinta-feira, 17 de março de 2011

Falta de Sinalização Horizontal em Londrina-PR dificulta vida de motoristas e pedestres

Em alguns trechos da cidade, a falta de sinalização horizontal provoca confusão permanente de motoristas

Por: Marcelo Frazão - repórter do Jornal de Londrina



             A precariedade da sinalização horizontal em muitas ruas de Londrina tem gerado reclamações de motoristas além de aumentar o risco potencial de acidentes. Na Avenida Faria Lima, no sentido centro-UEL, a falta da pintura no chão provoca confusão permanente após a ponte sobre os lagos Igapó 2 e 3. Principalmente nos horários de pico, motoristas que desejam converter à esquerda para entrar na Rua Bento Munhoz da Rocha Neto, margens do Lago Igapó 3, correm perigo quando param no meio da avenida onde inexiste sinalização para a baia de conversões.

            O mesmo acontece a poucos metros dali: veículos que descem a Avenida Maringá e não podem converter à esquerda na Rua Humaitá, procuram acessar o trecho pelas ruas Houston e Detroit. Também aguardam no meio da rua sem baias de conversão visíveis e sinalizadas no chão.

            Por toda a cidade, há dezenas de faixas de pedestres parcialmente apagadas ou totalmente invisíveis – como no cruzamento entre as Avenidas Jorge Casoni e Celso Garcia Cid (zona leste).

            Pelos bairros da cidade, também falta tinta no asfalto em bom estado. Na zona oeste de Londrina, na Rua Alfredo Battini, por exemplo, é possível trafegar do início ao fim da via, até a Avenida Tiradentes, sem saber se é mão ou contramão.
‘Passei reto’

            Dez dias atrás, a nutricionista Camila Marioto, 21, provocou um acidente no começo da noite, durante a volta do serviço para casa. Após passar reto pela Rua Ituiutaba, que deixa de ser preferencial no encontro com a Alfredo Battini, atingiu o veículo que vinha na preferencial. Felizmente não houve feridos e o motorista do carro atingido ficou bem. “A preferencial para mim acabou, mas não havia como saber. Passei reto e bati”, lamenta, confirmando a própria culpa e dividindo a responsabilidade com a sinalização precária. “A sinalização da pista estava totalmente apagada e a placa de Pare escondida por uma árvore. Tinha que ter parado, mas não consegui saber.” A nutricionista diz que redobrou os cuidados após o acidente e lamenta ver Londrina “com vários locais sem sinalização”. Segundo Camila, “a Prefeitura só presta atenção no centro”.
           
            O comandante da Polícia Militar de Trânsito, capitão Ricardo Eguédis, afirma que a sinalização viária de Londrina só não é melhor que a existente em grandes capitais brasileiras e que a responsabilidade pelos acidentes continua com os motoristas. “Temos locais em Londrina que deveriam ser melhor sinalizados? Certamente que sim, com toda certeza. Mas a atenção do motorista ainda é o maior problema” Segundo o capitão, de fato, a falta de baias de conversão em diversos pontos traz riscos e mostra falha do poder público “que deveria reformular o sistema viário nesses locais”. De qualquer forma, afirma, “a questão em Londrina não é a falta de sinalização e sim de educação”.
Fonte: Jornal de Londrina

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